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Pastor Metodista Wesleyano, Escritor, Professor, Bacharel em Teologia, licenciado em Pedagogia, Especialista em Bioética e Docência do Ensino Superior, Mestre em Teologia e Educação Comunitária

sexta-feira, 29 de outubro de 2010

MEU HORIZONTE MINHA VIDA

 No horizonte da vida cotidiana enxergamos o que está ao alcance dos nossos olhos, até a linha do horizonte a nossa frente, que na maioria das vezes se encontra limitada pelas paredes, muros, arranhásseis, favelas, clausuras ofuscantes que limitam nosso olhar para vida além do ativismo. Afinal o que é um horizonte límpido, amplo, saudável? Quais são os limites do nosso horizonte em nosso cotidiano secular? A Escritura sagrada relata um versículo que diz: “Se os teus olhos forem bons todo seu corpo será luminoso”. Um corpo é luminoso pelo que vê, pelo que enxergar. Corpos luminosos são o que podemos alcançar mediante nossa vista, até mesmo, com os olhos fechados, até mesmo cegos fisicamente. Estes olhos que se refere à Escritura Sagrada são olhos interiores do ser humano. Mesmo diante arranchásseis, favelas, muros, cadeias, clausuras e as cegueiras reais físicas, podemos ter um horizonte harmonioso, significante, saudável e límpido.
As muralhas que nos rodeiam são muralhas virtuais quando passamos a visualizá-las na mente, não como um empecilho para caminhada, para prosseguir-mos ou na busca da melhor vivencia com qualidade. Mas é essencial enxergá-las com um olhar superior, que não se limita as circunstancias, não olhares altivos e soberbos. Mas humildes, corajosos, esperançosos e de fé.


Nosso horizonte pode ser transformado a medida do nosso olhar, a medida da nossa própria contemplação global. Isto não significa viver na ilusão, mas na certeza de que podemos nos ajeitar, sendo que este ajeitamento só é possível quando se tem esta iniciativa na mente. Visão de possibilidades para estender nossos horizontes e torna-los agradáveis. Jesus disse que tería-mos aflições neste mundo, mas logo em seguida Ele deu uma ordem imperativa "tende bom animo", sabemos que todo cristão obedece as ordens estabelecidas por Cristo, se não tiver-mos animo frente ao horizonte conflitivo deste mundo estaremos desobedecendo esta ordem e o nosso pecado nos leva ao fracasso.
Quando Deus fez uma promessa a Abraão, de fazer dele uma numerosa nação, Deus estimulou Abraão com o horizonte a sua frente, tirou-o de dentro da tenda e pediu para ele contar as estrelas do céu e as areias do mar, se assim pudesse então desta maneira seria sua descendência, numerosa. Mesmo já com cem anos de idade e sua mulher também de idade avançada e além disto estéril, Abraão creu na promessa, tornou seu horizonte possível pela fé, concretizando seu sonho, sendo pai não só de Isaque e Ismael, mas considerado pai da fé e das nações que surgiram de seus filhos. Todos nós podemos também transformar-mos nossos horizontes e buscar-mos a concretização da harmonia dentro dos nossos muros.
Estamos neste patamar horizontal, onde convivemos em ambientes propícios a ruínas dos nossos horizontes, ao fracasso de nossas expectativas. Com isto, nosso estilo focal ótico fará a diferença ao visualizarmos o nosso horizonte diário. A horrenda esterilidade pode frutificar abundantemente e o enfado desanimador, o cansaço paralisante, pode ser transformado em vigor e extrema força.
Uma boa análise de nossos horizontes nos dará a definição real dos enfrentamentos, discordâncias e impactos gerados por ele em nossa vida diária existencial, assim assumimos uma postura com examinadas precauções e bases rígidas, mais sólidas para o desenvolvimento pessoal crescente neste horizonte desafiador circundante.
Nosso horizonte torna-se mais plausível e transformado, quando nossa maneira de enxergá-lo não visualiza somente as laterais da medíocre realidade circundante existente. Mas quando temos a iniciativa de olhar pra cima, para Deus, para o alto, erguendo a cabeça, apartir daí tornar-se-á a visão espiritualizada, corajosa, segura.
O horizonte da vida é formado pela nossa maneira de se portar, de fluir, de ter capacidades de discernimentos, de maturidade, de construtividades interiores pessoais que refletem na natureza de movimentos e falas exteriores.
O horizonte psicológico é extremamente responsável pela sobriedade exterior frente ao desafio do sufoco do horizonte que se fecha na alma, cheio de ressentimentos, cheia de dores, lamentos, aflições e sofrimentos.
O horizonte a minha volta tem uma relação intrínseca com meus reflexos interiores de aceitação ou repugnâncias. Uma decisão radical expressa em atos e palavras que podem mudar o curso e o ambiente dentro dos nossos horizontes.
Então podemos argumentar que nosso horizonte é flexível, vulnerável e complexo apartir das nossas visões pessoais perenes.
O horizonte na qual eu posso transformar e abrilhantar é aquele de minha constante convivência e relações, onde traço diálogos, onde caminho, trabalho e moro, permaneço. Estes ambientes de trabalho, família, estudo, igreja, são ambientes que fazem parte do meu horizonte e são os primeiros a terem que serem transformados. Certo que esta transformação começa em mim, no meu horizonte intrínseco da minha capacidade de refletir e enxergar.
Toda esta trajetória horizontal tem uma grande interligação com a trajetória vertical, ou seja, o espiritual pré-cede o material, como a lei espiritual da semeadura contida na carta de são Paulo aos Gálatas no capítulo 6 e versos de 6 – 10: "Mas aquele que está sendo instruído na palavra faça participante de todas as coisas boas àquele que o instrui. Não vos enganeis: de Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia para a sua própria carne da carne colherá corrupção; mas o que semeia para o Espírito do Espírito colherá vida eterna. E não nos cansemos de fazer o bem, porque há seu tempo ceifaremos, se não desfalecermos. Por isso, enquanto tivermos oportunidade, façamos o bem a todos, mas principalmente aos da família da fé".
Esta lei da semeadura é a explicação de muitas conturbações em nossos ambientes e frustrações em nossos horizontes. Quem semeia um sonho e o cultiva, colhe realizações. Quem semeia a palavra, colhe fé. Quem semeia fé, colhe milagres. Quem semeia sorriso, colhe alegria. Quem semeia amor, colhe uma multidão de amigos. Quem semeia bondade, colhe solidariedade. Quem semeia perdão, colhe paz. Quem semeia generosidade, colhe prosperidade. Qual a semente que tu tens plantado? O que tu tens colhido?
Produza você mesmo seu ambiente e amplie seus horizontes apartir de uma lúcida reflexão de suas realidades e relacionamentos em suas constantes semeaduras no ambiente cotidiano existente das vivencias pessoais de seu ser como pessoa.

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