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Pastor Metodista Wesleyano, Escritor, Professor, Bacharel em Teologia, licenciado em Pedagogia, Especialista em Bioética e Docência do Ensino Superior, Mestre em Teologia e Educação Comunitária

sábado, 6 de fevereiro de 2010

DESAFIO PEDAGÓGICO E RELIGIOSIDADE JUVENIL

UM CAMINHO PARA A ESPIRITUALIDADE
NO CONTEXTO EDUCACIONAL
Evangélicos,Thiago de Lima e Fernanda Freire seguem os preceitos de sua igreja com alegria e convicção

A inconformidade com a atual realidade no ambiente da religiosidade juvenil hodierna, nos traz desafios que não podem ser subestimado. Mas sim enfrentados de forma realista e a verdadeira atuação frente ao desafio pedagógico é o estreitamento entre as relações do docente e o discente, com companheirismo.
Um conhecimento aprofundado deste novo kosmos emergente desterritorizado, para um planejado em consonância com as características sociais, culturais e cognitivas dos jovens e adolescentes na presente passagem da pós-modernidade para a globalização.
A preparação para essa tomada de re-territorialização contínua atual deve ser um princípio integrado no ambiente de reflexões e ensino que é a educação através da escola secular.
Quando nos transportamos e entramos por um meio mais restrito que é o ensino religioso nas escolas seculares, notamos uma ferramenta de total influência na vivência da religiosidade juvenil brasileira. Apesar da lei instituída pelo governo transmitir uma dubiedade em sua pauta, promovendo a própria desvalorização do conceito ensino religioso e afetando o alvo a ser alcançado por este próprio decreto, pois num Brasil capitalista e consumista, que tem em sua alma o chamado “jeitinho”; o viés da ambigüidade desta lei não motiva a mentalidade de jovens alunos que amputaram de suas mentes o valor dos passos da religiosidade principalmente no contexto escolar como parte integrante da formação básica do cidadão. Isso por não fazer a diferença na balança de aprovações finais. O conceito “capetalista” tem manchado o valor da “Graça”, hessed, como diz Lutero, o favor imerecido, o pensamento que perdura é que só serve o que é pago, o que é caro, ou seja, tem que ter um preço, se é facultativo, se não pesa no final, não tem valor, não precisa esquentar a cabeça. Infelizmente é o que rege na consciência da maioria da juventude brasileira em seus passos já no ensino médio que é a etapa final da Educação Básica. Nesta etapa o jovem deve mais do que dominar conteúdos, aprender a se relacionar com o conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora.
Essa lei concernente ao ensino religioso precisa ser reformulada sim, por que vejo nas escolas a grande possibilidade de entender o que se passa no contexto da religiosidade no âmbito juvenil para atingir sua missão com êxito na sociedade, pois o ensino médio ancora-se nos seguintes princípios pedagógicos: identidade, diversidade e autonomia, interdisciplinaridade e contextualização..
As escolas precisam frente este desafio passar a trabalhar com um modelo diferenciado, mais envolvente com sua juventude discente, mais motivacional, afinal Freud nos fala que o princípio da motivação é o prazer, o que poderia gerar prazer nas aulas às vezes enfadonhas e proselitistas do ensino religioso no Brasil? Só mesmo um preparo, uma capacitação qualificada para a área.
O que ocorre hoje em muitos lugares é o pacto da mediocridade segundo o grande educador e antropólogo Darcy Ribeiro: “O professor finge que ensina o aluno finge que aprende”. É preciso de uma boa análise currícular, modelos e dinâmicas para serem aplicadas nas aulas, além de obter um conhecimento dos alunos, seus aspectos biológicos, psicológicos, cognitivos, sociais e religiosos (espirituais).
Como o assunto será abordado em sala e como vai transmiti-lo. Nenhum método sozinho é completo, verdadeiramente a criatividade e a combinação desses métodos são fundamentais para o desempenho com excelência do ensino religioso. Fazendo do ambiente um lugar prazeroso, convidativo, interessante, propiciando uma comunicação eficaz.
Este é o grande desafio pedagógico de hoje, vemos que nem mesmo os padres em suas paróquias e nem os pastores pastoreiam seus rebanhos sozinhos, mas juntos com os stars eclesiásticos da mídia: Pr.Silas Malafaia, Miss.R.R.Soares, Ap.Valdomiro, Pe.Fábio de Melo, Pe.Marcelo Rossi... .O mundo tem se espiritualizado de diversas formas religiosas, místicas, transcendentais, e a realidade da globalização, as tecnologias o excesso de informações, praticamente tem influenciado todo contexto social, eclesiástico e principalmente o ensino, exigindo dos professores a libertação definitiva de certos paradigmas. Além das questões metafísicas, precisam possuir domínios cognitivos relacionados à geometria, lógica, matemática, medicina, astronomia... enfim, precisam ter uma formação básica humanística acrescida dos domínios essenciais das demais áreas do conhecimento. Os alunos de hoje precisam desta mudança, querem vida, querem educadores sábios, gurus, profetas, artistas, místicos. Querem educadores que aceitam esse compromisso de gerar vida na escola, inovadores de consciências, teremos alunos críticos e que saberão viver. A globalização exige esse aprimoramento.
Também acabamos assistimos o descarrilamento do ensino religioso no Brasil em certas localidades e regiões por uma falta de padronização nacional de normas para habilitação e admissão de professores. Grandes lacunas são abertas quando se trata de uma elaboração consciente de conteúdos do ensino religioso, cabendo a Conselhos Estaduais de Ensino, Secretarias Estaduais de Educação e os Conselhos de Educação sua regulamentação. Além disto, existe a possibilidade do Projeto Político Pedagógico de cada unidade escolar adaptar tal legislação à sua realidade.
Notamos que o professor capacitado tem perdido vagas para professores com tempo de serviço ou efetivados que não são capacitados e não se capacitam por já possuírem as aulas nas mãos. Vejo a necessidade de uma mobilização nacional para um levantamento das fragilidades da docência do ensino religioso nas escolas e as soluções para melhor desempenho e eficácia em seus conteúdos e direcionamento de seus alvos na busca de resultados satisfatórios, respeitando o imenso celeiro da pluralidade ascendente religiosa brasileira.
Para que possa ter êxito no quesito formação integral do jovem estudante no âmbito social em sua religiosidade, vai depender mais da formação integral deste professor do que dos próprios jovens alunos.
Um docente que não seja preconceituoso, e que saiba lidar com estudantes que foram educados nos contextos de seus lares, nas mais variadas crenças. Essa pluralidade religiosa em sala de aula vai gerar questionamentos, debates ou até mesmo ofensas de alunos que detém certo fundamentalismo (foram criados assim, não são culpados) contra alunos ou contra os professores, outros alunos estarão descrentes da fé, serão opositores da religião (terão os seus motivos). O professor vai ter que aprender a lidar com isso, com muita cautela, o inesperado sempre surge, por isso tem que haver o preparo.
Dentro do viés da Ciências da Religião o diálogo da inter-religiosidade se distingue a capacidade dialógica entre os indivíduos e suas crenças, através da linha fronteiriça existentes entre as religiões, cada indivíduo tem sua concepção e seu desprendimento, até onde cada um pode chegar diante desta linha, através deste diálogo?
*Uma mente inclusivista fechada – Onde não permite o diálogo, onde o monopólio do salvífico está na denominação religiosa eclesiástica partidária fundamentalista, fora dela não existe vida - Essa mente talvez não possa ter muito progresso no campo jovem universitário e no ER em meio o pluralismo em aulas.
*Uma mente inclusivista aberta – Onde permite-se certo diálogo, mas ainda cheio de preconceitos doutrinários e litúrgicos, onde o monopólio salvífico não se encontra na denominação eclesiástica, mas na pessoa divina de sua crença, Jesus, Buda, Maomé...- Este pensamento também encontrará dificuldades extremas na realidade atual.
*Uma mente exclusivista aberta – É aquela que está aberta totalmente ao diálogo, sem preconceitos, onde se consegue enxergar o sagrado salvífico contido na fé de outras religiões, com respeito – gerando assim não o proselitismo, confessionalismo imposto, mas uma abordagem não tendenciosa, laica, . O profissional que sabe atuar com a mentalidade exclusivista, mesmo tento sua crença e fé pessoal, fluirá melhor para o desenvolvimento sadio da formação integral do jovem no seu contexto religioso. Oportunizando condições necessárias para fazerem suas escolhas, refletirem, prosseguirem estudos e aprimorarem em meio às mudanças e transformações enfrentadas nas relações sociais do mundo hodierno.
* Frâncel Marzork
Professor Dr. Remí Kleim, docente da UNISINOS, Faculdades EST (vice-reitor, pró-reitor acadêmico), Coordenador do FONAPER (Fórum Nacional Permanente do Ensino Religioso).
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BIOÉTICA PERSONALISTA

CENTRALIDADE DA PESSOA
VALOR
INTRÍNSECO E TRANSCENDÊNTE
     A  palavra portuguesa pessoa vem do latim persona, que corresponde ao vocábulo grego prósopon (rosto). O significado originário era máscara utilizada pelos atores quando se apresentavam publicamente. O termo grego veio significar fisionomia. Finalmente, esse termo foi identificado com ser humano. Esse é o termo usado pelos estudiosos da bioética personalista.
Nessa perspectiva personalista a pessoa humana, não depende de nenhuma, convicção social ou religiosa e/ou qualquer código de direito instituído. Isso porque ela constitui em si própria um atributo original, intangível e perene. E por isso, torna-se centro subjetivo e o objeto da ética da vida, ou melhor, o referencial concreto da Bioética Personalista. A dimensão subjetiva é a parte responsável pelos atos humanos extrínsecos. A dimensão objetiva, mostra-nos que alguns atos, de determinada pessoa, afetam diretamente outras pessoas.
Essa centralidade da pessoa humana, é a busca da compreenção do valor ou consequencias de seus atos para si e para os demais, dentro da Bioética Personalista, leva-nos a considarar  o valor intrínseco e transcendente da pessoa humana. O valor intrínseco depende da própria pessoa, não de declarações de outras pessoas, e o transcendente ultrapassa as leis, as condições, as circunstâncias, não é relativo. Essa convicção pode ser demonstrada pele antropologia filosófica.
     Essa antropologia filosófica demonstra que o homem é um ser racional, capaz de auto-consciência, de autonomia. Isso porque seu agir, depende de seu ser-espírito. A pessoa constitui um fim em si mesma, não é um meio para atingir algo. Assim sendo a pessoa humana possui valor intríseco e absoluto, não relativo. Isso vale tanto para eu/pessoa ou outro/pessoa. Desse modo deve-se considerar e salvaguardar o bem integral da pessoa humana em toda e qualquer circunstância. Este é portanto, o critério fundamental da Bioética Personalista.
    Considerando esse critério personalista, percebe-se que os princípios específicos da bioética requerem uma hierarquia de bens de base personalistas, que estabeleceu a pessoa como  o bem mais valioso do mundo sensível.
Nesse contexto de hierarquia de bens, passa-se ao estudo paulatino dos cinco princípios específicos da Bioética Personalista: O valor fundamental da vida, o princípio de unitotalidade, que fundamenta o de totalidade (terapêutico), o princípio de liberdade e de responsabilidade, e o de socialização e subsidiaridade.
*Frâncel Marzork
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Referências Bibliográficas:
*PESSINI, Léo; BARCHIFONTAINE, Chistin de Paul de. Fundamentos da Bioética. São Paulo: Paulus, 1996.
*MOSER, Antônio. Biotecnologia e Bioética. Petropolis: Vozes, 2004.
*BOFF, Leonardo, Ética da Vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
*FERREIRA, Sergio Ibiapina; OSElKA, Gabriel; GARRAFA, volnei(coord.). Iniciação a Bioética. Brasília: Publicação do conselho Federal de Medicina, 1998.
*DURANT, Guy. A Bioética - Natureza, Princípios e Objetivos. São Paulo: Paulus, 1995.
*MIRANDA, G. Fundamentos de la bioética personalista. Disponível em http://es.catholic.net/sexualidadybioetica/371/2508/articulo.php?id=4315. Acesso em 27/07/2007.
*SGRECCIA, E. Manual de Beoética I. Fundamentos e Ética Biomédica. São Paulo:Loyola, 1996.
*SCHELER, Max. A Posição do Homem no Cosmos. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
*NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral.São Paulo: Escala, Col. Grandes Obras do Pensamento Universal 20,   

FÓRUM SOCIAL MUNDIAL 2010


Fórum Social Mundial 2010 reúne 35000 pessoas na Grande Porto Alegre, em 915 atividades no Rio Grande do Sul, realizadas entre segunda-feira  e sexta-feira dia 29/01 em sete cidades gaúchas.
Participaram 39 países e dos presentes cerca de 60% foram mulheres. Também chamou a atenção a expressiva participação dos jovens, 27% dos participantes, conforme o coordenador do FSM e presidente da CUT, Celso Woyciechwoski. Dados apresentados em mesa para avaliação no dia 29, no Teatro Dante Barone da Assembléia Legislativa.
Acompanhado pelo presidente da CUT Artur Henrrique da Silva Santos, a uruguaiana Lilian Celiberti, e pelo coordenador do Ibase Cândido Grybowsk, Lula falou sobre preconceitos, Davos, Haiti e a recente Conferência do Clima em Copenhague. Anunciado como um debate com os movimentos sociais, a fala de Lula foi na verdade um discurso aclamado por uma platéia com forte presença da Central Única do Trabalhadores. O Presidente Lula afirmou que participará do Fórum Social 2011, mas desta vez como ex-presidente. Um pequeno suspiro foi a deixa para que a metade do público cantasse: "Olé, Olé, Olá, Dilma, Dilma, e a outra Olé, Olé, Olá, Lula, Lula."  

O presidente Lula afirma em seu discurso que o FSM após uma década está mais maduro e mais calejado. O presidente estava bem humorado e falou durantre quase uma hora para as 7000 pessoas no Gigantinho.
O 4° Seminário de Políticas sociais, evento do Fórum social Mundial 2010, reafirma a necessidade das lutas garantidoras dos direitos à vida e ao mesmo tempo, a importâmcia da construção de mudança civilizatória.
Na tarde do dia 27 de Janeiro a UNISINOS acolheu em seu anfiteatro mais de 900 pessoas vindas de diferentes cidades da região metropolitana, do estado, do Brasil, da América Latina e do mundo para a participação do 4° Seminário de Políticas Sociais, com o objetivo de debater o papel público das políticas na garantia dos direitos sociais. 

Frente ao anfiteatro lotado, o professor titular da Universidade de Coimbra Boaventura de Souza Santos e a senadora Marina Silva (PV), falaram sobre políticas sociais, direitos de indígenas e afrodecendentes e desmatamento.
Doutor em Sociologia do Direito, Boaventura de Souza Santos, começou falando sobre o contexto da América do Sul na última década. " Este continente teve uma década auspiciosa, com exceção da Colômbia, que pode vir a ser um Israel da américa do sul."
A Ex-Ministra do Meio Ambiente Marina Silva ao ser anunciada, foi recebida de pé pelo público, sob fortes aplausos, era uma das presenças mais esperadas nesta edição do Fórum.