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Pastor Metodista Wesleyano, Escritor, Professor, Bacharel em Teologia, licenciado em Pedagogia, Especialista em Bioética e Docência do Ensino Superior, Mestre em Teologia e Educação Comunitária

sábado, 6 de fevereiro de 2010

BIOÉTICA PERSONALISTA

CENTRALIDADE DA PESSOA
VALOR
INTRÍNSECO E TRANSCENDÊNTE
     A  palavra portuguesa pessoa vem do latim persona, que corresponde ao vocábulo grego prósopon (rosto). O significado originário era máscara utilizada pelos atores quando se apresentavam publicamente. O termo grego veio significar fisionomia. Finalmente, esse termo foi identificado com ser humano. Esse é o termo usado pelos estudiosos da bioética personalista.
Nessa perspectiva personalista a pessoa humana, não depende de nenhuma, convicção social ou religiosa e/ou qualquer código de direito instituído. Isso porque ela constitui em si própria um atributo original, intangível e perene. E por isso, torna-se centro subjetivo e o objeto da ética da vida, ou melhor, o referencial concreto da Bioética Personalista. A dimensão subjetiva é a parte responsável pelos atos humanos extrínsecos. A dimensão objetiva, mostra-nos que alguns atos, de determinada pessoa, afetam diretamente outras pessoas.
Essa centralidade da pessoa humana, é a busca da compreenção do valor ou consequencias de seus atos para si e para os demais, dentro da Bioética Personalista, leva-nos a considarar  o valor intrínseco e transcendente da pessoa humana. O valor intrínseco depende da própria pessoa, não de declarações de outras pessoas, e o transcendente ultrapassa as leis, as condições, as circunstâncias, não é relativo. Essa convicção pode ser demonstrada pele antropologia filosófica.
     Essa antropologia filosófica demonstra que o homem é um ser racional, capaz de auto-consciência, de autonomia. Isso porque seu agir, depende de seu ser-espírito. A pessoa constitui um fim em si mesma, não é um meio para atingir algo. Assim sendo a pessoa humana possui valor intríseco e absoluto, não relativo. Isso vale tanto para eu/pessoa ou outro/pessoa. Desse modo deve-se considerar e salvaguardar o bem integral da pessoa humana em toda e qualquer circunstância. Este é portanto, o critério fundamental da Bioética Personalista.
    Considerando esse critério personalista, percebe-se que os princípios específicos da bioética requerem uma hierarquia de bens de base personalistas, que estabeleceu a pessoa como  o bem mais valioso do mundo sensível.
Nesse contexto de hierarquia de bens, passa-se ao estudo paulatino dos cinco princípios específicos da Bioética Personalista: O valor fundamental da vida, o princípio de unitotalidade, que fundamenta o de totalidade (terapêutico), o princípio de liberdade e de responsabilidade, e o de socialização e subsidiaridade.
*Frâncel Marzork
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Referências Bibliográficas:
*PESSINI, Léo; BARCHIFONTAINE, Chistin de Paul de. Fundamentos da Bioética. São Paulo: Paulus, 1996.
*MOSER, Antônio. Biotecnologia e Bioética. Petropolis: Vozes, 2004.
*BOFF, Leonardo, Ética da Vida. Rio de Janeiro: Sextante, 2005.
*FERREIRA, Sergio Ibiapina; OSElKA, Gabriel; GARRAFA, volnei(coord.). Iniciação a Bioética. Brasília: Publicação do conselho Federal de Medicina, 1998.
*DURANT, Guy. A Bioética - Natureza, Princípios e Objetivos. São Paulo: Paulus, 1995.
*MIRANDA, G. Fundamentos de la bioética personalista. Disponível em http://es.catholic.net/sexualidadybioetica/371/2508/articulo.php?id=4315. Acesso em 27/07/2007.
*SGRECCIA, E. Manual de Beoética I. Fundamentos e Ética Biomédica. São Paulo:Loyola, 1996.
*SCHELER, Max. A Posição do Homem no Cosmos. Rio de Janeiro: Forense, 2003.
*NIETZSCHE, Friedrich. A Genealogia da Moral.São Paulo: Escala, Col. Grandes Obras do Pensamento Universal 20,   

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